Último dia em Jerusalém

Já estou cansado só de lembrar do dia de hoje. O que era para ser um último dia “relax”, foi mais uma maratona de coisa que a gente foi ver/conhecer.

Primeiro, dormimos até um pouco mais tarde, umas 8 e pouco e fomos correr. Fomos até o Sacher Park, que é um dos maiores parques aqui por perto. Corremos 4k, e no fim acabamos indo em um mini-shopping-cinema que tinha do lado do parque que parecia interessante. Mas na verdade não tinha nada de muito interessante exceto pelo cinema gigantesco. Vamos voltar.

Voltamos pro hotel, tomamos um banho e bora pra Old City para fazer o que faltava. A ideia era ir no Temple Mount e no Monte das Oliveiras. Antes, fizemos um pit stop no Tala Hummus para comer um hummus-falafel, que estava bem gostoso.

E aqui um parêntese filosófico. Conversando muito com a Mari decidimos que o que falta para sermos mais plenamente felizes é aceitarmos que somos trouxões. Explico. Por exemplo, um cara estava passando ontem com um vaso enorme e trombou em mim. E eu pedi desculpa. E depois fiquei me remoendo: pq eu pedi desculpa? Outro exemplo: eu estava numa loja como potencial cliente e o atendente irritado q eu estava no caminho perguntou da forma mais rude possível: você vai me deixar trabalhar? E eu não respondi nada. E aquilo corroeu minha alma por todas as respostas que poderia ter dado, mas não dei. Hoje, por exemplo, um taxista pegou a gente, ele não queria ligar o taxímetro e quando a gente pediu pra descer pq queria o taxímetro ligado, ele, que já tinha andado uns 2 quarteirões, falou pra gente pagar qualquer coisa. E a gente pagou. 10 shekels.

E eis aqui a filosofia do dia. O que é que tem de comum nessas histórias todas? Todas elas fazem com que a gente não seja plenamente feliz. E por que não? Porque a gente quer dar uma de esperto, quer sair por cima. A gente não aceita nossa essência que é ser trouxões. A partir do momento que aceitarmos q somos trouxões, todo esse orgulho ferido que nos corrói vai embora. E todas as perguntas que nos inquietavam porque não eram respondidas, de repente ganham uma resposta consoladora: por que eu falei desculpa pro cara que esbarrou em mim? Por que eu não falei nada pro vendedor mal humorado? Por que eu paguei para um taxista picareta?

E a resposta é uma só, una e indivisível para todas elas: porque sou trouxão, essa é a minha essência, basta eu me aceitar e ponto. E com isso, com essa percepção, a mágoa foi subitamente embora e uma felicidade sublime tomou conta.

E voltando ao nosso dia, nesse restaurante Tala, a gente tinha 10% de desconto. E o carinha não só não quis ou esqueceu de aplicar o desconto como a gente pagou ainda 10% de taxa de serviço sobre o valor cheio. Mas dessa vez, ao invés de remoer a humilhação por dois dias, apliquei a filosofia eu-sou-trouxao e fui feliz para o próximo destino. Que era o Temple Mount.

Chegando lá, uma fila enorme, uns 20 minutos de espera. E cruzamos com um famoso brasileiro. Queria que o leitor se esforçasse e tentasse adivinhar quem nós vimos andando na maior enquanto esperávamos para entrar no Temple Mount (vamos, não vai ser difícil e a resposta dou no próximo parágrafo).

Fila básica

O Temple Mount pega quase um quarto de toda a Old City. Se fôssemos fazer um ranking de sacralidade (e se Jerusalém fosse nos EUA esse ranking já teria sido feito pq eles rankeiam tudo), esse seria sem dúvida alguma o lugar mais sagrado de Jerusalém. Isso porque é ali que está, do lado de fora, o muro das lamentações, e porque ali é o terceiro lugar mais sagrado do mundo para os muçulmanos, e também é sagrado para os cristãos porque ali foi a montanha em que Abraão iria matar seu único filho a pedido de Deus.

A Mari teve que colocar essa saia fedida pq a calça jeans era “apertada”

Mas é claro que você leitor não prestou atenção em nada disso porque quer saber, afinal de contas, qual celebridade brasileira encontramos: nada mais nada menos que…. Flávio. Flávio o gêmeo, do Flávio e Gustavo. Eu NUNCA iria lembrar dele mas a Mari é craque em fisionomia e acertou na mosca. Fomos no Instagram e adivinha quem estava fazendo uma pose sexy no muro das lamentações? Pois é.

Veja que nas últimas viagens temos encontrados famosos: o Leonardo di Caprio, a Adriana Lima, a Sabrina Sato, e o Flávio Gêmeo. Se a gente continuar essa tendência de queda, o próximo vai ser um ex-BBB.

Dome of the Rock

Saindo da Temple Mount, fomos para o Monte das Oliveiras. No caminho, vimos o lugar em que Jesus orava (e as oliveiras de mais de 2 mil anos), e onde ele foi traído e preso. Vimos onde Jesus ensinou o Pai Nosso aos apóstolos. Vimos a tumba onde Maria foi sepultada e o lugar que Jesus subiu aos céus. É muito emocionante todos esses lugares tão sagrados e sem dúvida alguma quem é cristão praticante deveria vir pra cá pelo menos uma vez na vida.

Pedra onde Jesus orava
Muralha que cerca a Old City
Vista de Jerusalém do Monte das Oliveiras

Mas essa caminhadinha pesou e ficamos extremamente cansados. Voltamos para o hotel e tiramos uma soneca.

Lá pelas 7 da noite fomos para o mercado porque falavam que era agitado a noite. Legal, mas nada de espetacular. E as 9 voltamos para a igreja em que Jesus rezava (a mesma das oliveiras) para assistir a missa de quinta-feira santa. Tinha muita gente.

Depois fomos comer pizza em um restaurante italiano aqui perto e… Adivinha qual famoso estava do nosso lado? Sim acertou, Flávio, o gêmeo, novamente. A pizza estava ótima e a sobremesa melhor ainda. Fim.

Turista que é turista tira foto com I <3 “insira sua cidade aqui”

9 Comments

  1. Acabei de ler todos! 🙂

    hahahahahahah eu morrii com ‘Flávio e Gustavo. Eu NUNCA iria lembrar dele mas a Mari é craque em fisionomia e acertou na mosca.’ Mari, sempre muito atenta aos detalhes, vide aniversariante de 15 anos comprando churros..

    Adorei! Já voltaram? Vamos jantar, quero saber mais detalhes!

    • Hahah pois é, eu fiz exatamente o mesmo comentário da menina do churros!!
      Ela acabou de reconhecer aqui em Tel Aviv um garçom de um restaurante em Jerusalém. Ela também lembra de todos os nomes em árabe, das lojas, das ruas. Sério, na minha cabeça tudo mistura numa salada gigante, fico impressionado com essa capacidade que eu não tenho.

  2. Quando o cara eh grosso geralmente é pq n tem muita educação/conhecimento. Não ter educação e conhecimento nos dias atuais é ser trouxa. Não revidar mostra que vc n achou que vale a pena discutir e arriscar sua integridade física por alguém que já provou para qualquer observador sensato ser grosso/trouxa.

  3. “Somos trouxões” ahahahaahah Terra Santa causando vários insights.

    Gente, quem são Flávio e Gustavo gêmeos??? Não faço ideia ahahaha vou procurar aqui.

    Observação: vocês já atingiram o nível ex-BBB de celebridades encontradas em pontos turísticos, a Sabrina Sato. Próximo estágio é ex-A Fazenda ahaha

    Beijos migos

  4. Aaah eu já vi esse Flávio e Gustavo mesmo, mas eu não consigo lembrar o que eles são.. ahahaha nunca saberia se visse, Mari tem dons mesmo.

  5. Chatinhada que não sei quem é Flávio Gêmeo HAHAHAH

    Migos, trouxolões são as pessoas que ficam sendo grossas com os outros sem motivo, vocês são apenas viajantes aventureiros maravilhosos <3

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