Dia 17 – Península de Snaeffellsnes

Acordamos em: Blonduos
Dormimos em: Ólafsvik

Os planos definitivamente não eram a península de Snaeffellsnes hoje. Mas mudamos eles (ainda bem) porque o prognóstico para o tempo na Islândia nos próximos dias não é muito bom, inclusive com alerta amarelo do departamento de meteorologia sobre uma alta quantidade de chuvas a partir de amanhã.

O plano era ser mais light, e chegarmos no começo da península. Iríamos entrar um pouquinho nos Westfjords, e ficar por ali, pra que amanhã nós fizéssemos a Snaeffellsnes.

Entretanto, como hoje parece que vai ser o último dia com tempo bom por aqui, adiantamos tudo. Vamos para Snaeffellsnes porque lá é lindo e a gente não pode perder por conta do mau tempo, né.

E sorte nossa que fizemos isso. Realmente, quando a gente entra na península, tudo fica mais bonito. Começa que ao olhar pro lado direito, o mar fica cheio de pequenas ilhotas que são incontáveis de tantas por ali. E no lado esquerdo os pequenos morros começam a se transformar em montanhas majestosas e com altura suficiente para o cume já ser salpicado pela neve nova que caiu nos últimos dias.

Mas calma, vamos por partes. E a primeira parte do nosso dia foi nosso café da manhã, que fizemos na Guesthouse mesmo, usando a cozinha deles. Ainda bem que a gente tem um estoque de comidinhas e não precisamos nos matar para pagar 15 reais por um café (só o líquido mesmo, não um café da manhã) ou 50 reais por um sanduíche de presunto e queijo.

Bom, feita a nossa refeição – com direito a iogurte, granola, sucrilhos, café e pães com cream cheese, partimos com a nossa van. E vale notar, impressionante como as pessoas riem do desenho – horroroso – da nossa van. É uma criança fumando um cachimbo 😣.

O primeiro ponto seria uma península logo depois de Blonduos. Mas para fazer elas tínhamos que entrar em estradas de gravel, que não são pavimentadas e que até seriam razoáveis, não fosse a quantidade insuportável de buracos.

Desistimos. Vamos pra frente pra não perder tempo. O segundo ponto seria entrarmos um pouco na península dos Westfjords. Mas percebemos um pouco antes de chegar nela que o cenário nem era tão bonito assim (nada de montanhas como esperávamos) e provavelmente nosso tempo seria melhor gasto em Snaeffelsnes.

Desistimos de novo. Colocamos no GPS o primeiro ponto do nosso destino principal de Snaeffellnes: Helgafell, que é a montanha dos desejos. Segundo a lenda, se você subir essa montanha de 40m sem olhar pra trás e sem falar com ninguém (e apenas na primeira vez que subir), você pode fazer 3 desejos. Fizemos isso, mas um pouco descontentes com a ideia de ter que pagar para subir uma montanha na natureza (16 reais por pessoa), mais uma prova de que a Islândia está disneyficando o turismo ecológico. Mas a vista realmente é bonita.

Depois, fomos para a capital da península: Stykkisholmur. Como sempre, simpática a cidade, portuária e, claro, com uma igreja diferentona. Subimos num morro perto do porto e a vista dali também era fantástica – até tinha uma mini-trilha pra fazer.

O restante da viagem foi no restante norte da península: Bjarnarhöfn, Grundarfjörður até finalmente chegarmos em Oláfsvik, onde paramos para dormir. A cidade é tranquila, aproveitamos que estávamos com tempo para fazermos umas comprinhas e caminharmos perto do porto (friiio). Chegamos até a considerar irmos na piscina aquecida daqui (quase todas as cidades tem clubes com piscinas aquecidas), mas ficamos com um pouco de preguiça de nos intrometermos na vida local islandesa, afinal ali não tinha turista algum e eles ficam encarando do tipo: “quem são esses aí?”.

E é isso, aqui em Oláfsvik tem uma cachoeirinha (pra variar) que subimos, e nada de muito especial, bem cidadezinha do interior: uma turma jogando futebol – muito provavelmente estimulados pelo desempenho da seleção nacional na última copa; várias crianças com patinetes como se fizesse 28 graus e não 4…

Acabamos indo jantar em um restaurantezinho gostoso daqui, e pedimos peixe + hamburgurer, porque não havia hoje salmão, droga.

Enfim, essas cidades são gostosas de passar o restante da tarde, a gente sente uma tranquilidade como a que sentimos quando passamos o final de semana em sales ou qualquer cidade do interior do Brasil..

Até!

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