Sydney I – Reveillon

O dia começou bem cedo para nós. Acordamos às 5 e 15 da matina, pegamos as coisas e zarpamos para o aeroporto. O destino: uma das melhores e mais belas passagens de ano do mundo – Sydney!

Esse dia também foi palco de uma das maiores roubadas da viagem até agora. Conto para vocês.

Como sempre, o transporte de melbourne impecável – demoramos cerca de 20 a 30 minutos para irmos do hotel até o aeroporto de transporte público.
Ferry
  
Nada muito fora do comum no aeroporto de Melbourne a não ser a Mari ter sido escolhida para uma revista anti-bombas. Claro que sempre vem uma piadinha na mente para a gente fazer, mas não queremos acabar como aquela menina da USP… (link aqui).

Chegamos em Sydney às 8h00, e no nosso hotel às 9h00 (também de trem). E aí começou já a pressão psicológica: o concierge do travelodge falou que já éramos para estarmos indo se queríamos pegar um lugar razoável para ver a queima de fogos. O que a gente não estava dando importância era que ainda faltava 14 horas. Quem se importa com 14 horas? O risco de não ver a tão importante passagem de ano não poderia ser admitido (afinal a gente já tinha mudado o roteiro para passar o ano em Sydney…).

Resolvemos dar um tempo e ir 10 horas antes.

O problema, caros leitores, é que entre programar passar umas 10 horas esperando a passagem de ano e de fato esperar 10 horas há uma diferença extraordinária.
A primeira hora de espera foi normal, tudo novo, pegamos o ferry para McMahons Point (ferrys são barcos que funcionam como táxis), chegamos até um bairro chamado blue points e começamos a nos posicionar (uma das melhores vistas, de frente para a Harbour Bridge e Opera House). Impressionante notar que o pessoal estava todo equipado – muita gente com barracas, tendas, livros, baralhos e muito estoque de comida.
A segunda hora de espera também foi legal. Acabamos indo dar uma volta no bairro, que era bastante bonito.

A terceira hora já foi um pouco pior – nada pra fazer, aquele comecinho de tédio…
Encontramos um lugarzinho no meio da multidão, sentados na guia, ao lado de uma lixeira e em frente a um mala, que se achava o dono do pedaço, que começou a discursar sobre como estávamos atrapalhando o caminho das pessoas que iam até o lixo ou até o banheiro por uma passagem que ele inventou e cuidava como se fosse um filho. Fingimos que não falávamos inglês e que não entedemos nada. Ele repetiu esse discurso algumas vezes e acabou ficando divertido ouvir ele brigando com todas as pessoas que tentavam se instalar por lá.
A quarta hora já foi uma merda – não aguentava mais o tédio, o assunto tinha acabado e eu tinha que ir ao banheiro.
A quinta hora foi uma merda – eu já estava há uma hora na fila do banheiro.
A sexta hora também foi uma merda – eu continuava na fila do banheiro
A sétima hora foi pior ainda – finalmente consegui ir ao banheiro. E começou a chover. E enquanto todo mundo abria seus guarda-chuvas a gente pegou no lixo umas caixas para se proteger. Já tinhamos comido todo o estoque de comidas e não tinha mais o que fazer.
Na oitava hora de espera a gente já estava morrendo de frio – e finalmente começamos a aceitar que tínhamos caído em uma roubada, pois não precisávamos ter chegado tão cedo.

E aí a gente ainda tinha duas horas para esperar.
A partir das 20 horas começaram a soltar fogos de hora em hora e até teve uma apresentação com dois aviões fazendo acrobacias no céu, mas sinceramente a esquadrilha da fumaça impressiona mais.
Mas, é claro que, teve o lado bom: 20 minutos de fogos. E pronto. E uma manada de gente indo embora de transporte público. A gente surtou de pensar que ainda tinha a epopéia de voltar para a casa de trem…

Graças a Deus – e ao prefeito de Sydney – os trens já estavam preparados e conseguiram absorver toda aquela galera em pouco tempo – em 15 minutos estávamos em casa (não me pergunte como). 
O resumo da história é uma conta matemática – esperamos 10 horas por 20 minutos de fogos, o que dá 1 hora de espera para cada 2 minutos de espetáculo. Vale a pena a espera?
Uma resposta que parece tão óbvia a gente aprendeu na prática.
Ah, sim. Foi linda a queima dos fogos!

Haha, brincadeiras a parte, apesar dos pesares, não há arrependimentos. A queima dos fogos foi realmente espetacular, com o cenário baía + harbour bridge + opera house fazendo com que aquele fosse o lugar mais bonito para estar no primeiro minuto da primeira hora do primeiro dia do ano. Tudo vale a pena, e arrependimento, meus caros, é uma palavra que não está no nosso dicionário! Haha!

Um abraço da Austrália
Beto e Mari

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  1. Nossa quantos acontecimentos!!! kkkk …Mari escolhida para uma revista anti-bombas …. vai ser a capa ??? rsrsrs .. cuidado Uberaba está em todas 🙂 Deviam ter feito amizade com o pessoas das barracas , baralho , comidinhas … tenho certeza que iam fazer muitas amizades ..o Beto podia tocar violão , vcs contarem as aventuras de outras viagem… só iam correr o risco de ser expulsos das barracas quando o Betinho começasse a ficar com fome e atacar as comidas deles kkkk Ficaram cansados , mas tenho certeza que valeu cada minuto pela beleza e espetáculo que viram 🙂 Este prefeito tem que vir dar uma assessoria aqui no Brasil para a copa!! Assisti um vídeo no Youtube dos fogos dai …lindo demaisss. Estou amando os posts . As fotos estão lindas . Bjs Amo vcs ( mamusquinha)

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