Ottawa

Acordamos em: Toronto
Dormimos em: Ottawa


Acordamos cedinho e fomos conhecer um pouco mais de Toronto antes de partir para Ottawa. Caminhamos até a Universidade de Toronto para conhecer o bairro, afinal era perto de onde estávamos hospedados. Fomos até o Starbucks da Universidade (que ficava num prédio da medicina), e acabamos por explorar um monte de prédios: entramos em umas salsa de aula, na biblioteca, em uns prédios antigos que parecia Harry Potter (Harts House). Nisso o Xandy e minha mãe foram nos encontrar. Ficamos um pouco mais ali, tiramos algumas fotos, e entramos num auditório gigante que estava tendo uma aula.

Bora pra casa que ainda tínhamos que pegar viagem até Ottawa. No caminho, fizemos um detour para irmos margeando mais o Lago Ontário (que é gigantesco). Acabamos encontrando uma cidadezinha pequena e simpática, chamada Brighton.  Paramos lá, fomos até um parque provincial (como se fosse estadual). Lá tinham várias mansões na beira da praia do lago. Era lindo o lugar, e totalmente vazio. Era a gente e a natureza.

Andamos um monte naquela praia vazia, só tinha a gente de seres humanos. Mas apesar disso não estávamos sozinhos: começamos a reparar no chão e havia um monte de pegada de urso. De verdade, pegada de urso. No início foi de boas, afinal o que um urso poderia fazer com a gente. E chegou finalmente a hora que todos entramos em pânico, afinal, um urso facilmente poderia matar todos nós ali.

Acabamos achando um cara (que talvez fosse ranger do parque) que nos disse que aquilo ali era pegada de cachorro mesmo e que o terreno ali era fértil, mas não tão fértil como nossa imaginação.

Ficamos um pouco envergonhados e bora pegar o carro, ainda tínhamos uma viagem pela frente. Paramos logo em seguida, num restaurante no centrinho de 1 rua só. Comemos uns hamburgueres, e bora pra estrada.

Chegamos em Ottawa no entardecer. Fizemos o checkin no nosso apto do Airbnb. Mas já pegamos o carro de novo e fomos dar uma volta “de reconhecimento”. Paramos em um estacionamento público no centro, e fomos caminhando até a H&M que estava aberta. Comprei um casaco mais quente porque o frio tava brabo.

Fomos jantar depois em um restaurantezinho simpático chamado Vittoria Tratoria, comemorar o aniversário do Xandy. Minha mãe contou para o garçom que era o aniversário do Xandy e ele apenas: “ok”. Isso aí, acabamos levando mais um choque, choque cultural – dessa vez a razão é: ninguém quer saber da sua vida fora do Brasil.

Perto dali tinha uma das sobremesas mais famosas da cidade, chamada BeaverTail, que era uma espécie de pretzel em formato de omelete, mas com gosto de groselha (chaves?). Mentira, o gosto era de Pretzel mesmo.

E aí um cara maluco surgiu do nada, da escuridão da noite, veio, meio que furou a nossa fila (era nossa vez) e simplesmente pagou nossos pedidos. Pagou tudo, e ainda deixou o troco para o atendente. A gente olhou pra cima, viu se não era alguma câmera do just for laughs, e o que no começo foi engraçado, acabou ficando macabro. O carinha louco estava no restaurante que a gente estava, a Mari reconheceu. O que nos levou a nos perguntar, será que esse cara estava seguindo a gente desde quando? Será que desde Toronto? Será que desde o Brasil? Será que desde Ribeirão? E acabou que a gente saiu vazado e olhando sempre pra trás porque ele poderia continuar nos seguindo para sempre (eu estou olhando para a janela enquanto escrevo na expectativa de ele aparecer por aqui).

Bom, e assim acabou nosso dia.

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