Dia 4 – Skye é o Limite

Acordamos em: Ullapool

Dormimos em: No meio do nada, ilha Skye

Acordamos tarde, e como padrão, o dia nasceu bonito. Mesma rotina: bora tomar um banhão lá nos banheiros comunitários, depois enche o tanque de água, esvazia o de água suja, desliga o cabo de eletricidade. E dessa vez um desafio extra: hoje foi dia de jogar os cocôs fora. Achei que ia ser pior: é só desencaixar uma gavetinha do lado de fora, e vira uma espécie de malinha com rodinha e tudo: literalmente uma malinha de bosta. Levamos nossa malinha lá nos dejetos (que não é um lugar agradável per se), e desfizemos do que havíamos feito. Mas vamos poupar os detalhes, né. 

Depois de acabar todas as rotinas (e encher o tanque), já era por volta das 10h30. Pegamos o carro e o dia começou a ficar mais feio: começou um vento forte e que ainda não parou. Passamos hoje por Torridon, onde fizemos o melhor almoço até agora: um sanduíche de frango e vegetais novos com molho honey mustard (chique heim). Nesse meio tempo, o tempo piorou ainda mais e praticamente não víamos muita coisa pela neblina e pela chuva. Bora então pegar a estrada: o objetivo do dia era a ilha Skye. Passamos por Anna, Balgy e Shieldaig – e em algum lugar desses paramos para uma soneca honesta no meio da rua mesmo, achamos uma vaga e paramos. Depois, fizemos um pequeno desvio em direção a Plockton – a cidade era simpática como todas as outras, mas o tempo (ele, sempre implacável) não ajudou. Paramos só para um descanso de alguns minutos e depois viemos para Skye. 

  

E a gente sempre fica se perguntando quando passamos pelas minúsculas cidades escocesas, como é que é a vida dessas pessoas. Primeiro, porque estão a pelo menos uma ou duas horas da maior cidade (que tem 2 mil habitantes). Segundo, porque o acesso a elas exige paciência: você só chega em algum lugar aqui no norte passando por estradas de única faixa. E não, não mão única, é uma faixa mesmo: quando os carros vão cruzar, eles devem achar algum bolsão para que um espere o outro passar (tem um a cada 500 metros, mais ou menos). 

Bom, uma coisa é certa: todos são muito simpáticos por aqui e parecem sempre estar de bom humor (algo que é relativamente raro em lugares turísticos na Europa…).

Mas a partir da entrada da ilha, as coisas mudaram totalmente de figura: aqui parece ter mais civilização: as estradas são melhores, mais movimentadas e mais rápidas. Tem mais gente em todos os lugares, e é mais difícil algum lugar ermo como os que estávamos até agora.  

E, por incrível que pareça vamos dormir no lugar mais ermo da viagem até agora: entramos em uma estradinha fechada, que tinha no topo de um morrinho uma vista sensacional para o lago/baía. E estamos aqui, preparando nosso jantarzinho, apreciando a vista e escrevendo no Blog!

Boa noite!

Até mais!

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