Cote D’Azur até Mônaco

Acordamos em: Nice
Dormimos em: Nice

Hoje foi o primeiro dia completo para explorar a Cote D’Azur. E toda vez que eu vou escrever esse nome eu olho no google pra ver se é Azur mesmo que escreve, com esse leve toque francês-caipira. E é isso mesmo. O que me lembrou Gênova, que lá na Piazza de Ferrari, tem um palácio que chama Palazzo della Borsa. E lá funcionava mesmo a Borsa de Valores dos Italianos. Mas vamos vortá pra costa Azur, que isso mais tá parecendo o gibi do Chico Bento. Foco.

Pela primeira vez hoje sentimos que nosso lindo carrinho Ford Fiesta 1.0 foi um pouco de estorvo. Quando estávamos planejando a nossa viagem, o maior medo era o carro. Ninguém recomendava carro por aqui, ou porque a malha ferroviária era muito boa (e de fato é mesmo), ou porque as cidades europeias existem antes da existência dos carros, ou porque o trânsito era infernal ou porque o estacionamento era caro demais. Claro que nenhuma das afirmações não deixa de ter um pouco de verdade, mas sem dúvida nenhuma escolher fazer uma road trip na Europa foi a decisão mais acertada de todas. Até agora não tivemos nenhum problema com trânsito e estacionar o carro tem sido tarefa simples de fazer. Quer dizer até hoje.

Acordamos um pouco tarde, tomamos o café da manhã que espertamente incluímos na nossa reserva (e que ficou muito mais barato do que comermos fora). E quando pegamos a estrada, já era umas 10 e pouco. Iríamos até St. Tropez, mas tinha obras e no final das contas era quase duas horas de carro. Já estávamos à caminho quando resolvemos fazer o retorno e mudar 180 graus nosso destino: ao invés de irmos para o oeste (em direção a cannes, st tropez), vamos para leste, sentido itália, com destino a mais uma penca de praias.

A primeira parada foi Villefranche-sur-mer. Gostamos demais dali. Primeiro porque falar esse nome é muito legal. Tenta: Villefranche, mas o R do Franche vc faz com a garganta (bom, pode ser que você não ache nada demais, mas vira e mexe eu me pegava repetindo a palavra Villefranche sozinho nessa viagem, meio louco né?). Enfim, a praia também é uma delícia. Á agua de um azul profundo (é um azul diferente do que estamos acostumados) e sem onda nenhuma. O dia também estava perfeito: calor ideal com um ventinho para não ser insuportável. Ficamos ali por uma ou duas horas, e partimos para mais ao leste.

O próximo destino seria Saint-Jean-Cap-Ferrat, e seria se a gente conseguisse estacionar. Nenhuma mísera vaga de estacionamento e acabamos nos enganando a nós mesmos da mesma forma que nossos pais faziam com a gente: “na volta a gente passa aqui”. Lógico que nunca mais voltamos para aquele lugar. Bora pro próximo lugar: Beaulieu-Sur-Mer, e uma praia extremamente charmosinha e fotogênica. É interessante que cada lugar o “piso” (não consegui pensar nenhuma palavra melhor) da praia mudava: em Nice eram pedras grandes arredondadas, em Villefranche, um pouco menores, em Beaulieu-Sur-Mer era quase uma areia, mas ainda assim pedrinhas. Bom ficamos uma meia hora alí (mesmo porque não fazia parte do roteiro inicial e bora pro leste!). A ideia era ir para Eze, mas acabamos pulando porque já estava ficando tarde, e a grande estrela do dia seria Mônaco.

Tocamos até Mônaco (e parece muita viagem mas não é, é tipo litoral norte de SP, coisa de 10 a 20 minutos cada praia de distância). E obviamente o que a gente esperava a gente viu: muita gente rica. Mas não era aquele rico que estamos acostumados. Era rico de doer. Nunca vi tanta Ferrari, Lamborghini e outros carros chiques parando em Hoteis chiques e no casino chique. Fomos atrás da praia, porque ainda estava solzão. E descobrimos que Mônaco tem uma praia só: Larvotto (nome feio né? Parece larva de esgoto – a gente também ficou repetindo essa palavra algumas vezes e imaginando tudo que poderia se chamar Larvotto – por exemplo uma lombriga grande, que não é uma larvinha, é um larvotto). A praia é gostosinha até, mas nem compara com as outras que fomos antes. Saímos da praia e fomos no “centrinho” de Monte Carlo, mas nada pro nosso bico. Tentei entrar no Cassino e fracassei pela terceira vez: dessa vez eu não podia entrar de chinelo (numa outra eu tinha q estar de terno e a outra estávamos sem o passaporte). Paramos em uma “rooftop pool party” que tava um pouco decadente (parecia que todo mundo ali tava caçando um(a) rico(a) para chamar de seu).

Mônaco
Mônaco

Acabamos caminhando (muito) por Monaco, e quando vimos já era final do dia. Voltamos cansadíssimos para nossa boa e velha Nice e descobrimos que a cidade é muito mais simpática do que imaginávamos – ela tem várias ruas legais que não tínhamos visto ainda. Comemos no delicioso La Villa D’est, e voltamos para casa muito contentes e pra variar exaustos com o dia!

3 Comments

  1. Gente cada foto lindaaa!!! Que praias charmosas, as cores parecem muito diferentes das daqui do Brasil mesmo, lindas!!

  2. Nossa, as faixas de areia dessas praias são muito pequenas, não dá nem pra ter barraquinha vendendo comidas de sanitariedade duvidosa kkkkk

    Mas muito lindas as fotos!

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