Christchurch

cenário pós terremoto

Ontem fizemos um dia de relax. Basicamente nosso dia se resumiu a: Acordar em Tekapo, dirigir até Christchurch e caminhar na cidade.

Quando acordamos ficamos na dúvida se voltaríamos uns 80km, para fazermos uma trilha na beira do mt. Cook. Quase fomos pra lá (na verdade até viramos o carro na direção contrária). Mas o clima não-tão-bom-assim e a preguiça falou mais alto: ah, vamos direto pra Christchurch, chegamos cedo por lá, e lá resolvemos o que fazer.

O problema, que na verdade não é tão problema assim pra quem está cansado e quer relaxar – nossa essa história de cansaço ta até me fazendo parecer o Garfield ou o Padre Fábio de Melo…

Voltando aqui: o problema é que em Christchurch não há nada pra fazer. Como você leitor assíduo deve se lembrar (é claro que não se lembra, mas o link está aqui), na última vez que viemos para Christchurch, a cidade praticamente estava se reconstruindo: um terremoto em 2011 praticamente liquidou todo o centro da cidade. Tudo estava em obras: a igreja principal, a praça da igreja, todos os prédios ao redor… é bastante triste presenciar de perto o estrago que acabou com a vida de tanta gente (literalmente para 185 pessoas que morreram no desastre). Mas enfim, em 2013, quando fomos para Christchurch (a mari pela primeira vez e eu pela segunda), a cidade inteira estava em obras. Dessa vez, passados 4 anos, imaginamos que tudo estaria reconstruído, afinal, passaram 4 anos.

Mas não. Apesar de muitos prédios já estarem prontos, ainda o cenário parece de guerra: tudo meio que destruído, caindo, abandonado, pixado. Mas isso não faz de Christchurch uma cidade feia – estamos na NZ, e é difícil acharmos algum lugar cujo nível seja horrivelmente baixo. Simplesmente não existe por aqui.

O cenário pós-terremoto ainda é melancólico, triste. Tudo está sempre meio vazio (com exceção do Bacon Brothers, um hamburguer delicioso que almoçamos por lá), tudo fecha extremamente cedo (4 e 5 da tarde parece não haver mais ninguém na rua), e tudo é muito espalhado: então nem as 7 únicas pessoas que estariam acordadas às 5 da tarde você acaba encontrando.

o centro pós terremoto

No fim, passeamos nas principais ruas da cidade, entramos em algumas lojas, e fui comprar um sorvetinho pra casar a sobremesa com o burgão de bacon. Mas claro, cheguei tarde demais: 4.17pm e o sorvete já estava fechado, sorry. O bom é que fizemos o chequim no motel cedo e acabamos usando o tempo livre para arrumar todas as nossas coisas e lavar a roupa suja. Quando entediamos, pouco antes das 7, saímos para dar uma volta e acabamos topando com um Casino, igualmente vazio e melancólico. Joguei na roleta, ganhei 8 dólares, saímos, e voltamos para o hotel de novo.

Chegamos no hotel, li no jornal uma notícia dizendo que a região de Christchurch era responsável pelo aumento no índice de suicídios do país (as tentativas chegam a quase 3 mil por ano). Bom, não sabia se esse número era grande ou pequeno, e quis comparar com o número de homicídios. Chuta quantas pessoas são assassinadas por ano aqui na NZ: 40 a 50! Pra se ter uma ideia, no Brasil o número é perto de 50 mil! Enfim, sei lá por que falei disso, acho que só pra dar uma enchida no blog e parecer que a gente escreve bastante.

Fomos dormir cedo, porque no dia seguinte pegaríamos estrada a partir das 5 da matina.
Até

2 Comments

  1. Beto e Mari: além de viajar na leitura estou adquirindo cultura

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