Belém-Palestina e Jerusalém

Dormimos em: Jerusalém
Acordamos em: Jerusalém


Acordamos cedo para garantir um lugar no tour que nos levaria a Bethlehem, que é a cidade natal de Jesus. Lá está o suposto local em que Cristo nasceu.

Mais importante – e já explico o porquê, é que acabamos conhecendo mais um país na listinha: a Palestina. Por essa razão não conseguimos ir pra lá com nosso carro – temos ou que ir com algum motorista árabe, ou com um tour. Pra facilitar tudo, escolhemos a última opção. E justamente por isso a experiência não foi tão legal. Pra começar, trocamos 3 vezes de van, uma para pegar a gente no hotel até um ponto de encontro. Outra, para levar desse ponto de encontro até a fronteira com a palestina. E, por fim, outra pra levar a gente lá dentro para os lugares.

E a decepção começou na primeira parada do dia: a Shepherd’s Field, supostamente o local onde os anjos anunciam o nascimento de Jesus aos pastores. Fora algumas ruínas de um monastério bizantino do século VI, a igreja que está lá foi construída em 1950 e não é nada muito interessante.

De lá, fomos à atração principal da manhã: a igreja da natividade, que é onde está a gruta onde Jesus nasceu. Tecnicamente o nascimento foi em um estábulo, mas, como grutas eram usadas como estábulos há boas razões para acreditar que foi em uma gruta.

E dois problemas lá: o primeiro (e eu não tinha a menor ideia disso), é que Jerusalém é a capital das disputas religiosas não apenas na clássica rixa entre judeus, muçulmanos e cristãos. Mas também dentro do cristianismo, há uma disputa entre Gregos Ortodoxos (maioria), os Latinos/Romanos Católicos (nós), Russos Ortodoxos, Armênios, Assírios e Etíopes (tem alguns outros mas eles são minorias).

E, bizarramente, na Igreja da Natividade, a gruta onde Jesus nasceu foi dividida por um muro. Uma parte é dos Gregos e Armênios, e a outra é dos católicos romanos. A parte dos gregos ortodoxos estava fechada para uma missa, e era justamente ali que está a estrela que marca o local exato do nascimento. De qualquer forma, a gente visitou a gruta, mas do lado dos católicos romanos.

Já estávamos meio bravos com essa história de não ter visto o lugar exato do nascimento. E tudo piorou quando a última parte do tour foi… uma lojinha de souvenires (como se não bastassem as milhares que vemos o tempo todo).


Voltando, o bom da história é que deu tempo para pegarmos outro walking tour lá dentro da cidade antiga de Jerusalém. E, esse sim, foi sensacional.

Vou poupar o amigo leitor das explicações históricas que são sensacionais pra quem está aqui, mas talvez não tão empolgantes quando se está atrás de um computador ou celular. Mas não dá pra deixar de falar sobre como é a atmosfera aqui. Não sei se parece um filme medieval, uma aula de história ou um planeta completamente diferente, mas ver os judeus (com todos os trajes antigos e o cabelo de um jeito bem diferente), cruzando com muçulmanos, com freiras de azul, freiras de branco e preto, cristaos russos, armênios, etíopes, nossa é tudo muito exótico.

Aliás, tanto é verdade que quando nosso guia estava explicando q no bairro muçulmano tinham judeus, passou uma muçulmana gritando e berrando com a gente dizendo que os judeus estão lá pq expulsaram injustamente os muçulmanos.. bom deu pra sentir bem o clima.

Caminhamos mais um pouco em Jerusalém, fomos até a via dolorosa, que foi o caminho de Jesus carregando sua cruz até o local de sua crucificação e morte (ambos ficam na igreja do santo sepulcro).

Enfim, depois de umas comidinhas no hotel aqui estamos: cansadíssimos mas felizes 😊

Ah, lembrei uma curiosidade: aqui não tem muito mcdonalds, mas vimos alguns KFCs (Kentucky Fried Chicken). E depois vimos um JFC (Jerusalem Fried Chicken). Descobri também um AFC (Arab Fried Chicken). Mas a cereja do bolo foi quando a gente viu o RFC: Rodney Fried Chicken. Rodney, ah nao.

2 Comments

  1. Migos que experiência incrível deve ser ver tudo isso e andar por essa cidade histórica, sem contar que é um mundo totalmente diferente do nosso como vocês disseram, muito lindo

    Beijoos

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