Acordamos em Vík

Dormimos em Skaftafell

Acordamos no camping, tomamos nosso café da manhã e seguimos viagem rumo ao desconhecido, ansiosos por desbravar as maravilhas islandesas… Até que na primeira maravilha do dia, a campervan atolou! Fim da alegria. 

Tudo começou com a primeira parada: Hafursey, um inselberg – sim esse nome existe e se trata de um tipo de relevo. Enfim, era um lugar bonito no meio de um deserto de areia preta, com formações rochosas exóticas que queríamos conhecer. Fomos, saímos da estrada para fazer um voo de drone legal, no meio do nada. Fizemos várias fotos que ficaram maravilhosas e custaram a bagatela de 700 reais. Valeu? Eu diria que valeu. Mais uma experiência para contar, mais um aprendizado e muitas fotos legais! O que aconteceu foi que paramos o carro na areia que acreditávamos ser de confiança, a areia nos traiu e era meio fofa, as rodas da frente afundaram e o carro não saía mais. Tentamos de tudo, cavamos com as panelas, com as mãos, empurramos e só atolamos um pouco mais. Nos rendemos e ligamos para a Indie Campers, que tem o atendimento mais ineficiente do planeta. Mas, surpreendentemente a ajuda não demorou tanto quanto poderia e logo (duas horas depois) nosso salvador chegou numa caminhonete 4×4 com muita lição de moral pra dar. Broncas levadas e carro desatolado, vamos recuperar o tempo perdido e partir para o próximo destino.

Paramos em Laufskálavarða, um campo de lava com milhares de cairns, que são aquelas pedrinhas empilhadas que as pessoas fazem por várias razões: ponto de referência, demarcação de trilhas, monumentos para cerimônias etc. As pilhas de pedra com as montanhas no fundo fizeram um cenário lindo para as fotos! 

A próxima parada foi em Stakkholtsgjá, um canyon que vc pode fazer uma trilha até uma cachoeira. É simplesmente maravilhoso, impressionante. Me senti no cenário de Senhor dos Anéis. Mas, como tudo aqui na Islândia, só vendo para sentir a magnitude da beleza, as fotos não fazem nenhum pouquinho de jus ao que é ao vivo. Não atoa, tinham vários turistas com câmeras gigantescas e lentes maiores ainda tentando capturar a beleza do canyon.

No caminho para o Vatnajökull National Park, encontramos uma cachoeira meio escondida e paramos um tempo para contemplar, fazer um lanchinho e descansar um pouco. 

Partimos para o parque, que é o maior parque nacional da europa e onde fica o glaciar Vatnajökull, que é a maior geleira da Islândia – cobre mais de 8% do país. É MUITO impressionante. Nunca tinha visto uma geleira tão imensa. Mas ela tem diminuído de tamanho já há alguns anos, provavelmente por causa das mudanças climáticas e das atividades vulcânicas recentes da islândia (por baixo dos glaciares da islândia tem vulcões – aqui tem de tudo! Por isso que esse país é conhecido como The Land of Ice and Fire – amo falar isso! haha). Enfim, chegamos no parque e decidimos terminar o dia por aqui mesmo, o parque é imenso, tem muita coisa para conhecer e tem um camping excelente: o Skaftafell. Já paramos nossa campervan no lugar que iríamos dormir, ligamos na energia e fomos lavar nossas roupas antes que a maquina de lavar fosse dominada por outros turistas. Enquanto isso, fizemos uma trilha até o ponto mais próximo da geleira, tiramos fotos e voltamos. 

Já estava anoitecendo e estávamos cansados (atolar cansa!), encerramos o dia com o fish and chips mais caro do universo que era vendido num foodtruck dentro do camping e fomos dormir!

Boa noite!